2. Legalmente complexo e de alta responsabilidade
Trabalhar com dinheiro real de terceiros não é algo simples ou trivial. Qualquer sistema que envolva valores reais sob controle da administração exigiria:
- Autorização legal e regulatória, como uma instituição de pagamento, gateway financeiro, ou até mesmo um marketplace regulado, com obrigações de prestação de contas, registro fiscal, controle de fluxo financeiro e políticas rigorosas de KYC (identificação de usuários) e combate à lavagem de dinheiro.
- Responsabilidade jurídica por quaisquer fraudes, disputas, estornos ou problemas nas transações, o que nos colocaria no meio de eventuais conflitos entre compradores e vendedores.
- Pagamentos de impostos e tributos, tanto sobre a comissão arrecadada quanto sobre qualquer movimentação financeira feita em nome da administração.
Ou seja, estaríamos assumindo um papel extremamente delicado, complexo e arriscado, que envolve exigências legais, operacionais e fiscais que não fazem parte dos objetivos da administração — tudo isso
apenas porque parte da comunidade insiste em não seguir as regras estabelecidas.
3. O mercado paralelo continuaria existindo
Mesmo que um sistema oficial fosse criado, ainda assim haveria jogadores buscando fazer negociações por fora, justamente para
evitar taxas, fugir de registros e burlar o sistema. Isso manteria vivo o mercado negro — que, nesse cenário, ainda seria mais difícil de conter.
Além disso, seria como acontece na vida real: muitas vezes, quando uma pessoa compra algo pagando "no dinheiro", consegue um preço menor do que pagando no cartão. Isso acontece porque o vendedor, ao receber em dinheiro, evita pagar impostos ou taxas sobre aquela venda. No jogo, não seria diferente — haveria um preço "oficial" no sistema, e um preço "por fora", mais barato, alimentando novamente o ciclo de "ilegalidade" e descontrole.